Tarcísio condena prisão de Bolsonaro e manda recado a Moraes; veja

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou como “um absurdo” a prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (04/08). Em vídeo divulgado nas redes sociais, Tarcísio criticou duramente a decisão e questionou o impacto das medidas judiciais sobre a democracia brasileira, sem citar diretamente o nome do magistrado. “Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la?”, questionou.

Foto: Isabella Finholdt/ MetrópolesTarcísio condena prisão de Bolsonaro e manda recado a Moraes; veja

Durante o pronunciamento de cerca de 50 segundos, o governador afirmou que Bolsonaro “foi julgado e condenado muito antes de tudo isso começar”, fazendo referência às acusações de tentativa de golpe. Para Tarcísio, as medidas impostas ao ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com aliados, representam uma punição sem provas concretas de crime cometido. Ele concluiu dizendo que os brasileiros que acreditam na liberdade e na justiça também estão sendo punidos.

Esta não foi a primeira manifestação de apoio de Tarcísio ao ex-presidente. Após decisões anteriores de Moraes, o governador também havia criticado o que chamou de “humilhações” contra Bolsonaro e defendeu que “não haverá paz social sem paz política”. Apesar de seu discurso enfático nas redes, Tarcísio foi criticado por aliados por não ter comparecido à manifestação bolsonarista na Avenida Paulista no domingo (03/08), justificando ausência por questões de saúde, após uma cirurgia na tireoide.

A prisão domiciliar foi determinada após Bolsonaro participar, por telefone, de uma manifestação no Rio de Janeiro — o que, segundo o STF, violou medidas cautelares já em vigor. A fala foi compartilhada por seus filhos, Carlos e Flávio Bolsonaro, nas redes sociais. Para Moraes, o episódio configurou reincidência no descumprimento das ordens judiciais, o que motivou a imposição da medida. “A Justiça é igual para todos. O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares — pela segunda vez — deve sofrer as consequências”, escreveu o ministro.

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