Tensão entre Brasil e EUA aumenta após prisão domiciliar de Bolsonaro, diz Steve Bannon
Em uma declaração nessa segunda-feira (08) no podcast War Room, Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, fez críticas contundentes à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil. Para Bannon, a decisão do ministro Alexandre de Moraes aumenta a tensão entre os governos dos Estados Unidos e do Brasil.
De acordo com Bannon, a ordem de prisão contra o ex-presidente brasileiro, dada por Moraes, é uma escalada de um conflito já existente entre as duas nações. O ex-estrategista ainda fez referência à investigação publicada pelo jornalista Michael Shellenberger, do site Civilization Works, o qual revelou a criação de uma estrutura dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar os atos de 8 de janeiro.
Os dados levantados pelos jornalistas David Ágape e Eli Vieira, no caso denominado “Vaza Toga”, foram citados por Bannon para reforçar suas acusações. “Bolsonaro foi preso. A polícia está fazendo buscas em sua casa. Isso acontece – e estou lendo um tuíte de Michael Shellenberger – poucas horas depois da divulgação de documentos sobre o 8 de janeiro, que mostram atividades ilegais por parte do mais poderoso juiz da Suprema Corte do Brasil, Alexandre de Moraes”, disse Bannon em conversa com a jornalista Natalie Winters.
Bannon também disse que a situação política entre os países está se tornando mais tensa depois das recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bannon relembrou que Lula atacou Donald Trump, criticou o dólar americano e afirmou que o Brasil jamais se submeteria ao governo dos Estados Unidos.
Nos últimos meses, Steve Bannon tem demonstrado apoio a Jair Bolsonaro, fazendo várias declarações públicas sobre a situação política no Brasil. Após Moraes ser sancionado com base na Lei Magnitsky na semana passada, Bannon não poupou críticas, o chamando de “Lúcifer” e sugerindo que novas punições seriam preparadas, não apenas para o ministro, mas também para outros juízes do STF que estariam perseguindo Bolsonaro de maneira política e ilegal.
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