Trump impõe sanções ao Tribunal Penal Internacional e gera reações internacionais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta última quinta-feira (06/02) sanções econômicas e de viagem contra pessoas envolvidas em investigações do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre cidadãos norte-americanos ou aliados, como Israel. A medida provocou reações negativas no exterior, mas também recebeu apoio de algumas partes, como o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, aliado de Trump.
O TPI é um tribunal permanente responsável por processar indivíduos por crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade. A decisão de Trump coincidiu com a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Washington, que é alvo de investigações no TPI devido ao conflito em Gaza.
Em resposta, o TPI condenou as sanções, afirmando que continuará a busca por justiça para vítimas de atrocidades em todo o mundo. A instituição também pediu apoio aos seus 125 Estados-membros, destacando que as sanções ameaçam a independência do tribunal e o sistema de justiça criminal internacional.
A medida gerou reações de líderes europeus, como o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, que lamentaram as sanções, destacando a importância do trabalho do TPI. A Hungria, por sua vez, indicou que pode reconsiderar sua posição no tribunal, com o primeiro-ministro Viktor Orbán sugerindo que a situação pode estar mudando na política internacional.
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