Motoristas do Samu pedem regulamentação da profissão de condutor de ambulância
Um grupo de motoristas que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi à Câmara Municipal para pedir aos vereadores a regulamentação da profissão de condutor de ambulância. Entre eles, o profissional Anderson Maranhão, 43 anos, baleado na perna ao atender uma vítima de tiros em Teresina no último dia 19.
A lei federal foi sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na prática, após a criação da categoria, os profissionais passarão a ter direito a um plano de cargos e salários, bem como serem inseridos em programas de planos de saúde. A lei federal, se adequada para o município garante uma maior qualidade ao serviço, pois exige que o condutor de ambulância deve ser maior de 21 anos, possuir diploma de ensino médio e estar habilitado para condução de veículos na categoria D – de transporte de mais de oito passageiros – ou E – de veículo com seis toneladas ou mais.
“Nossa segurança tem que ser na nossa integridade física, mas também no reconhecimento de uma categoria que até hoje não foi reconhecida como profissional de saúde. Teresina, infelizmente, ainda não tem essa lei. Teremos o reconhecimento da categoria, que passa a existir e aí teremos alguns benéficos, e um deles é um piso equiparado ao nacional, que ainda não temos”, explicou.
Segundo ele, a sensação que a categoria tem vivido é de insegurança e pediu união entre poderes: “Que todos eles se unam é que elaborem ações não só para o profissionais de saúde, mas para todos os seguimentos, escola e praças, porque hoje a sensação de insegurança é grande”, avaliou.
Em entrevista, o vereador Evandro Hidd (PDT) informou que o presidente da Câmara, Enzo Samuel (PDT), vai convocar uma audiência pública para solicitar à Prefeitura de Teresina que envie um projeto de lei atendendo ao pedido da categoria.
“Eles são pagos apenas como motoristas e não como condutores de ambulância. Recebemos essa categoria e será marcada uma audiência para sensibilizar a prefeitura para que seja enviado um projeto aqui para a Câmara legalizando a profissão para que tenham acesso aos direitos”, declarou.
Paula Sampaio
redacao@cidadeverde.com