Dino diz que endurecer penas mira ‘perigosíssimo nazifascismo do século 21’
Mandachuva do PL há décadas, Valdemar Costa Neto diz que a palavra final no seu partido é do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de “máquina de votos”.
Em entrevista à Folha, Valdemar disse que as divisões do partido que vieram à tona por brigas em um grupo de WhatsApp são resultado de uma “explosão” da direita e da entrada de pessoas inexperientes na política.
“Nós temos que preservar o Bolsonaro, porque ele é uma máquina de votos e o partido vive disso”, afirma.
Para ele, o ex-presidente errou “na comunicação” quando se declarou contra a Reforma Tributária, e o partido ainda pode mudar de posição no Senado.
A postura vai na contramão da votação na Câmara, quando o partido e o ex-presidente se posicionaram contra a medida. De 99 deputados da sigla, 20 votaram a favor.
Diante de uma proposta que contou com o apoio massivo na Casa, a derrota caiu no colo do ex-presidente. Que, agora, Valdemar diz acreditar poder mudar de opinião.
“Pode ser. Eles têm que alterar muita coisa lá. Mas vamos ver se ele [Bolsonaro] não muda quando chegar no Senado”, disse.
Fonte: JÚLIA CHAIB E MARIANNA HOLANDA, Folhapress