Bolsonaro e Michelle não deverão ter sigilos quebrados por CPMI
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas não deverá quebrar os sigilos do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira dama, Michelle, nem investigar o caso das joias. Pelo menos essa é a determinação do presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-Bahia). Para ele, não existe conexão entre os ataques e a venda das joias.
Entre eles, o requerimento que pede a convocação e a quebra de sigilo da deputada Carla Zambeli. Maia disse que é importante a votação desse requerimento do sigilo por conta da ligação dela com o hacker Walter Delgatti. O relator disse ainda que a convocação poderá ser discutida num segundo momento, após a chegada dos documentos do sigilo.
Já sobre o encontro com o comandante-geral no QG do Exército, Arthur Maia garantiu que não ouviu dele pedido para dar tratamento especial a quem quer que seja ou deixar de convocar determinadas pessoas.
“Absolutamente, nenhum pedido. Pelo contrário, pelo que ouvi reiteradamente, do comandante, é que a CPMI cumpra o seu papel. Porque o que interessa, de fato, às Forças Armadas brasileiras, é mostrar qual foi o papel de comprometimento com as instituições democráticas, a Constituição, que as Forças Armadas cumpriram”.
Para esta quinta-feira (24/08) está prevista a reunião de votação de requerimentos. Reunião que deverá ser rápida e ocorrer “na base da ordem”, segundo Arthur Maia. Também amanhã, os parlamentares vão ouvir o Sargento dos Reis, que atuava na equipe dos ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro; e, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), teria tido uma movimentação atípica para renda. O depoimento está marcado para às nove horas da manhã.
Fonte: Agência Brasil