Bruno Henrique marca e dá vantagem ao Flamengo sobre o Olimpia na Libertadores
O Flamengo cumpriu seu papel de abrir vantagem sobre o Olimpia e jogará pelo empate no Paraguai na volta das oitavas de final da Copa Libertadores, na próxima semana.
Foto – Marcelo Cortes – Flamengo
Em jogo bastante truncado e com os visitantes postados totalmente na defesa, um gol de cabeça de Bruno Henrique no começo do segundo tempo definiu a vitória por 1 a 0 no Maracanã.
Nome de confiança de Jorge Sampaoli desde o retorno após recuperação longa de cirurgia no joelho, Bruno Henrique ainda poderia ter feito outro belo gol no fim, mas mandou raspando. Os paraguaios, apesar da postura defensiva, ainda acertaram o travessão duas vezes.
Foi o primeiro jogo do Flamengo depois da confusão entre Pedro e o preparador físico Pablo Fernandez. O atacante cumpriu punição da diretoria por causa da confusão de sábado que resultou na demissão do auxiliar de Sampaoli, e foi desfalque no Maracanã.
O atacante se recusou a aquecer na visita ao Atlético-MG e acabou agredido pelo profissional argentino nos vestiários com tapas e um soco no rosto. Perdeu a partida e teve descontados 5% de seu salário.
Além do camisa 9, o técnico Jorge Sampaoli ainda não pôde utilizar Filipe Luís e Léo Pereira. Lateral e zagueiro foram cortados dos relacionados por causa de dores musculares. Allan ganhou a posição de Thiago Maia como primeiro volante. Do mais, a formação considerada titular dos últimos jogos.
O histórico duelo sempre foi regado a muitos gols, o que deixava a torcida rubro-negra no lotado Maracanã confiante em um grande resultado para evitar pressão desnecessária na volta, daqui uma semana – o Flamengo fez 5 a1 no último encontro em casa, por exemplo.
Aliado a isso, a série de 13 vitórias seguidas no palco pela Libertadores e a crise no time paraguaio, sem ganhar desde junho e com cinco desfalques.
Os primeiros minutos, contudo, foram de pouca bola rolando e muita truculência. Allan levou cartão amarelo com somente um minuto.
Os paraguaios também amarravam bastante o jogo, com trombadas e sempre deixando um flamenguista no chão. A torcida se irritava com tantas faltas sem resposta do árbitro, que “deixava” o Olímpia bater. O clima ficou quente e uma confusão generalizada paralisou o jogo aos 21 minutos.
Encontrando enorme dificuldade para entrar na área, o Flamengo demorou a levar perigo. As primeiras chances foram em chutes dos laterais Wesley e Ayrton Lucas de longa distância. Os cariocas tinham a bola e não sabiam o que fazer.
Gabigol até escanteio cobrou, em demonstração que algo estava errado. Tudo poderia ser pior se a bomba de González não explodisse no travessão.
O alívio veio no começo da etapa final. Gabigol mandou na cabeça de Bruno Henrique e a parede defensiva acabou superada. Gol para abrir o jogo. Logo depois, os paraguaios reclamaram de pênalti em toque de mão de David Luiz. O VAR não viu lance intencional.
A partida até então truncada melhorou, mesmo, com os visitantes ainda ressabiados em sair de trás. Perder por um gol de diferença ainda não era ruim.
A dificuldade que o Flamengo tinha em entrar na área nos 45 minutos iniciais já não existiam mais. A todo momento um jogador era encontrado em condições de ampliar o placar. Um pouco de calma e pontaria e o segundo gol sairia logo.
Arce conversava com seus comandados para tentar ajustar a marcação. Já Sampaoli pedia para todos avançarem. Gerson e David Luiz pararam em Espínola.
Bruno Henrique também teve chance de ampliar, assim como os paraguaios chegaram perto do empate com nova bola na trave, desta vez de Quintana. Mas o resultado mínimo foi confirmado.
Fonte: Estadão Conteúdo